Visitas de Estudo cá e lá: de Alcáçovas e Viana do Alentejo à Lisboa Ribeirinha
Terça-feira,
24 de fevereiro foi dia de visita de estudo a Lisboa: Mosteiro dos Jerónimos,
Torre de Belém, Padrão dos Descobrimentos e Lisboa Ribeirinha foram os destinos
que os alunos dos 5.º e 6.º anos do AEVA, de Viana do Alentejo e de Alcáçovas,
visitaram, acompanhados pelos/as professores/as de História e Geografia de
Portugal e alguns diretores/as de turma.
Após visitarem
os monumentos locais, em Alcáçovas, a Capela das Conchas e em Viana do
Alentejo, a Igreja Matriz, que se caracterizam por possuírem elementos,
vincadamente, marítimos e do estilo manuelino, as crianças e jovens puderam
comparar os “seus” monumentos, com os monumentos da capital do império,
verificar a situação ribeirinha de Lisboa, que favorecia a vocação marítima de
Portugal, ilustrada pelo Padrão dos Descobrimentos e envolvente.
Portal manuelino da Igreja Matriz de Viana do Alentejo
A partir do local, pretende-se perspetivar a vocação marítima portuguesa, a
importância que o mar assumiu na cultura portuguesa, quer ao nível
antropológico, como na aceção do termo, enquanto erudição. É assim que, no
interior alentejano, se verifica a junção de elementos marítimos com elementos
da terra, que se assumem na metáfora "Açorda d'alho, com bacalhau",
uma encarnação da dieta mediterrânica, que junta o pão ao mar. Como o mar
influenciou a nossa cultura, como Portugal participou numa nova construção da
visão do planeta, como os portugueses intervieram numa primeira globalização
são as vertentes que poderão ser exploradas, a partir da leitura integral de
obras. Comparar a escrita de portugueses e portuguesas com outros autores estrangeiros
sobre o mesmo "Mar", alargará horizontes de escrita e horizontes
interpretativos de realidades textuais e artísticas. Nessa perspetiva,
procurou-se adaptar o projeto aos níveis de ensino, de acordo com as
orientações curriculares, tendo em conta o público alvo, as suas
características, assim como o meio envolvente. Metodologicamente, procurou-se
partir do particular e local, para o geral e mundial. No fundo, o elo de
ligação de todo o planeta é o mar, percorrido por aventureiros, qual pão que
alimenta corpos, o mar alimenta a sede de conhecimento e a procura de novos
horizontes. Assim funciona a leitura, como oceano de procura de novas paragens
intelectuais e humanas.
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